domingo, 30 de junho de 2024

Cidade sem cabaré - Parte II

Ratos e morcegos são literais. 
Existem milhares deles pelas valas e bueiros. 
Mas, também, são simbólicos. 
São pessoas que sujam essa cidade com suas imundícias e perversões e a transformam neste limbo indescritível. 
Morcegos que sugam nossas energias com suas mandíbulas doentias. 
Farmácias imponentes em cada esquina mostram o quanto à cidade é doente. 
 Sodoma e Gomorra parecem o paraíso diante das atrocidades cometidas nessa cidade. 
Fogo e enxofre são insuficientes para extinguir o mal enraizado nas ruas e vielas dessa cidade. 
Uma bomba atômica varreria do mapa essa que é um antro de perdição, mas não conseguiria purificar tanto mal. 

 Continua... 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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