segunda-feira, 18 de julho de 2016

Enterrem o meu coração na curva do rio


Enterrem meu coração na curva do rio 
Na curva do Rio Paraguai 
Onde passeia o tuiuiú e os jacarés 
Onde as águas serenas 
Desse rio fazem sonhar. 
Não permitam que me tirem esta paz 
Não consigo viver sem a sua beleza 
Aqui onde nasce a felicidade 
É o lugar onde quero descansar. 
O sonho tão real 
Da beleza sinuosa desse rio 
Que encanta o meu olhar 
Não deixem tirar isso de mim 
A vontade de sonhar. 
Enterrem o meu coração na curva do rio 
Na curva do Rio Paraguai. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Quando me banhavas em ti



(Às Margens do Rio Paraguai IV) 

Quando me banhavas em ti 
E deixava-me deslizar pelas águas 
Até na areia macia parar. 
Lembranças de dias tão bons 
Que sinto vontade voltar 
E em ti outra vez me banhar. 
As águas do Rio Paraguai 
Nas tardes quentes de verão 
Enchia minha alma de paz 
E de alegria meu coração. 
Deixava-me levar pelas ondas 
E na praia descansava sozinho 
Não tinha tristeza comigo 
Era lindo aquele caminho. 
De quando era criança 
Tenho muitas lembranças 
Aquele por do sol tão lindo 
Não me deixava perder a esperança. 
Distante de ti hoje estou 
Mas, contigo está meu pensamento, 
Das horas que em ti me deixei cair 
E ser arrastado pelo vento. 
Suas águas encantadoras 
Os olhos humanos faz brilhar 
Pela beleza que Deus fez em ti 
Para que pudéssemos admirar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense 
Fotos: Joe Bengala (Às Margens do Rio Paraguai - Cáceres, MT)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Às Margens do Rio Paraguai


Em um dos lugares mais bonito da terra 
Às margens do Rio Paraguai formoso 
Ergue-se a princesinha, 
Cáceres, de sonho tão ditoso. 

Uma cidade bicentenária 
De histórias e lendas sedutoras 
Que abriga em seu seio as diferentes famílias 
Que dessa sociedade são construtoras. 

Casarões antigos retratam o passado 
De pessoas que aqui lutaram para essa construção 
Contrastam com o moderno 
De mentes que fazem a revolução. 

O pôr-do-sol no cais 
É um espetáculo feito pelo criador 
Onde os poetas e pensadores 
Registram suas histórias de muito valor. 

Ao olhar a destruição que fazem contigo 
Os olhos choram a tristeza 
De uma sociedade ambiciosa 
Que só pensam construir a beleza. 

Mas, que pensando costruirem, destroem 
As belezas que existem em ti 
Modificando, de forma predatória, 
Tudo que foi construído aqui. 

A Ponte Branca já não existe mais. 
Pois, foi destruída sem piedade 
Ela que contava grande história da cidade 
Hoje, deixa apenas saudade. 

Até quando o homem moderno 
Que se diz civilizado e progressista 
Vai destruir as belezas de ti 
Por um ideal narcisista? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense