terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Cidade sem cabaré - Parte I

Falo de uma cidade cheia de farmácias. 
Um lugar que representa uma sociedade doente, cheia de ratos e morcegos. 
Uma cidade onde você não encontra nenhum cabaré. 
Sinal de que não há promiscuidade? 
Pelo contrário. 
Pederastas, lascivos e outros devassos é o que mais se pode encontrar pelas penumbras dessa cidade. 
Bares. 
Inúmeros. 
Pelo menos dois em cada quarteirão. 
Uma mistura de poluição sonora com poluição visual que ofuscam a visão e fedem nas narinas de gente séria que nela tentam sobreviver. 
Bares que escondem o pecado original em suas bases. 
No fundo são antros de prostituição e distribuição de entorpecentes.

Continua... 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense