quarta-feira, 16 de abril de 2014

O Livro



Ah! Como eu gosto de ti
Em muitos momentos
Minha melhor companhia.
Como gosto de ouvir
As histórias que me contas
De ver
As imagens que me mostras.
De tudo que sei
De tudo que aprendi
Muito eu devo a ti.
Gosto do seu cheiro
Quando novinho é
Mas, gosto também,
De suas páginas amareladas
Pelo tempo.
Passo horas na livraria
Apreciando sua beleza
Quem me dera tê-los todos para mim.
Você, meu amigo livro,
É um ótimo companheiro.

Poema: Odair

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O renascer do amor



Quero declarar o amor que tenho no coração
Falar baixinho e não deixar confusão
Preciso segurar em sua mão
Tirar do peito a ilusão
Que causa aflição
Ser feliz então
Sempre.
Sempre desejei
Amar mais do que amei
Ser feliz alem do que sonhei
Viver em harmonia com o que almejei
Para, então, ir além do que eu sempre pensei.
Mas senti no meu coração uma imensa dor
Quando vi cair ao longe uma bela flor
Violentada cruelmente pelo calor
Como morreu em mim o amor
E passou a existir a dor
Que causa temor
Tira o vigor
Do amor.
Renascer
É preciso viver
Deixar em mim crescer
O sonho real no entardecer
Tudo isso é o que quero dizer
Para que seu amor eu possa haver
Desse objetivo ninguém pode me deter
É um sonho que busco e vou lutar para obter.

Poema: Odair
Foto: Joe Bengala (Às Margens do Rio Paraguai - Cáceres, MT)

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quando me banhavas em ti



(Às Margens do Rio Paraguai IV)

Quando me banhavas em ti
E deixava-me deslizar pelas águas
Até na areia macia parar.
Lembranças de dias tão bons
Que sinto vontade voltar
E em ti outra vez me banhar.
As águas do Rio Paraguai
Nas tardes quentes de verão
Enchia minha alma de paz
E de alegria meu coração.
Deixava-me levar pelas ondas
E na praia descansava sozinho
Não tinha tristeza comigo
Era lindo aquele caminho.
De quando era criança
Tenho muitas lembranças
Aquele por do sol tão lindo
Não me deixava perder a esperança.
Distante de ti hoje estou
Mas, contigo está meu pensamento,
Das horas que em ti me deixei cair
E ser arrastado pelo vento.
Suas águas encantadoras
Os olhos humanos faz brilhar
Pela beleza que Deus fez em ti
Para que pudéssemos admirar.

Poema: Odair
Foto: Joe Bengala (Às Margens do Rio Paraguai - Cáceres, MT)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ecce Homo



Vestes a melhor túnica e o espera chegar
Seus olhos admirados estão
Anseia por ver aquele de que tanto ouves falar
O homem que tira outros homens da solidão.

A porta, então, até o fim é aberta
E uma luz ofusca sua visão
Espera até suas vistas ser descoberta
Para contemplar com perfeição.

Diante dele está um jovem radiante
Que traz consigo um grande esplendor
Pilatos, então se vê diante
Aquele declarado como Salvador.

És tu o rei dos Judeus?
De seus lábios é a pergunta que sai
Tu o dizes ou um dos seus
Homens que da terra cai.

Eis o homem! A turba grita
Pois desejam vê-lo morrer
Mas não responde e nem agita
Maravilhado estou em ver.

Não vejo nele alguma culpa
Nem algo que a morte venha merecer
Mas, se o povo assim deseja, não tenho desculpa
E entrego-o a vocês para morrer.

Poema: Odair