sábado, 13 de agosto de 2011

pAI



Nascemos e crescemos por uma razão
Uma razão que da forma a uma alma tão querida
Essa forma de vida precisa ser conduzida no caminho certo
Para que possa ser alguém na vida.

O caminho a ser seguido não é o mais fácil
Nem o menos espinhoso
Mas, com certeza o mais digno a ser seguido,
Para isso é preciso ser corajoso.

Ser pai é saber conduzir o filho no caminho justo
Apresentar-lhe a dualidade da nossa existência
E o ajudar a escolher o caminho da retidão
Mesmo que precise de muita experiência.

Se precisar caminhar ao lado do filho
Nos momentos mais difíceis, em suas mãos segurar,
Auxiliá-lo no momento de incertezas
O fará ser decisivo na escolha do seu caminhar.

O verdadeiro pai é aquele que cuida
Que dá carinho nas horas de dor e de alegria
Que cobra do filho aquilo que ele pode oferecer
Que o ensina a ser uma pessoa melhor a cada dia.

Pai é aquele que acorda no meio da madrugada
Para ver se o filho está coberto
Ou que nem consegue dormir
Pensando nesse filho que ainda não está ali perto.

Ser pai é um dom que Deus concede
E o filho é o presente mais presente que podemos ter;
Ser pai é ter motivo para sorrir
Toda vez que olhar para seu anjo e vê-lo crescer.

Poema: Odair
• Uma homenagem a todos os pais e, em especial, ao meu velho e querido Pai, Sr. Josuel.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Chegada e partida



Bateu forte na porta e ela abriu-a com delicadeza. Tinha os olhos lindos da esperança e vendia sonhos. Apaixonou-se no exato momento em que fitou seus olhos e deslumbrou seu coração. Há muito o desejava e agora podia ser feliz. Era um entardecer lindo e o sol amarelo vermelho apresentava o frescor da alma.

Ouviu o bater da porta e não o viu partir, mas sabia que ele se fora. A madrugada fria e escura não a deixou ver direito o seu caminhar rumo ao infinito. Chorou silenciosamente. O coração sentiu o frio do amanhecer. Não viu a estrela no céu e nem a esperança da volta. Sonho que se desfaz no amanhecer.

Texto: Odair

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Roubaram-me o cavalo alado



Não posso mais sonhar acordado
Pois, preciso para mim mesmo olhar
A fuga tornou-se obsessão
Para livrar-me do pesadelo ao luar.

Seus olhos me lembram o desespero
De uma vida que sucumbiu ao tempo.
Roubaram-me o cavalo alado
Não tenho como fugir com o vento.

Na penumbra sombria da alma
Busco o caminho da liberdade
Na esperança de encontrar a razão
Que afaste de mim a saudade.

Sou fruto da árvore infrutífera
Que nasceu às margens do deserto
Quero correr nos campos floridos
Nos vales da sombra aqui perto.

Roubaram-me o cavalo alado
Mas, quero fugir mesmo assim
Tirem os grilhões que prendem minhas asas
Quero alcançar seus olhos enfim.

Poema: Odair

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Regresso


Um dia bati asas e voei.
Distante do lar
Procurei viver minha vida.
Os sonhos de liberdade
Os anseios de felicidade
Motivaram-me a sair.
Entreguei-me a vida boemia,
Vivi os amores
As ilusões e os calores do mundo.
Vaguei sem rumo
A esperança se foi
E perdido fiquei.
A saudade de casa
Do abraço carinhoso do pai
O calor da família
Fazia-me lembrar do quanto era feliz.
Agora, abandonado na sarjeta,
Sem rumo na vida
Olho para a casa do pai.
Como voltar?
Com os passos trôpegos e indecisos
Ponho-me a caminhar.
Mesmo que seja tratado como um servo
A vida em casa será melhor do que essa que vivo.
O dia do regresso chegou.
Os olhos de meu pai se enchem de lágrimas.
Para minha surpresa
Ele me abraça e diz:
_ Que bom ver você de volta!

Poema: Odair