quarta-feira, 18 de maio de 2011

Roubaram-me o cavalo alado



Não posso mais sonhar acordado
Pois, preciso para mim mesmo olhar
A fuga tornou-se obsessão
Para livrar-me do pesadelo ao luar.

Seus olhos me lembram o desespero
De uma vida que sucumbiu ao tempo.
Roubaram-me o cavalo alado
Não tenho como fugir com o vento.

Na penumbra sombria da alma
Busco o caminho da liberdade
Na esperança de encontrar a razão
Que afaste de mim a saudade.

Sou fruto da árvore infrutífera
Que nasceu às margens do deserto
Quero correr nos campos floridos
Nos vales da sombra aqui perto.

Roubaram-me o cavalo alado
Mas, quero fugir mesmo assim
Tirem os grilhões que prendem minhas asas
Quero alcançar seus olhos enfim.

Poema: Odair

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